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Lesões do Ombro

Lesão Slap

Descrição e epidemiologia

 

    •  A lesão SLAP é uma lesão da inserção da longa porção do bicípite na omoplata, é ocorre como resultado de sobrecarga em atividades desportivas acima da cabeça (voleibol, andebol beisebol, ténis) ou quedas diretas sobre o ombro.
    • É pouco frequente, representando menos de 5 % de todas as lesões do ombro, e é mais frequente em pessoas jovens e desportistas

Sintomas

 

    • Os principais sintomas são dor na elevação anterior e rotação externa e dor no trajeto da longa porção do bicípite

Diagnostico imagiológico

 

    • O diagnostico é feito por ressonância magnética nuclear, sendo um diagnostico de exclusão (excluem-se sempre outras causas mais frequentes de dor antes de se assumir este diagnostico)

Classificação

 

As lesões SLAP foram descritas em 1985 por Andrews et al1 e em 1990 classificadas por Snyder2 em 4 tipos de acordo com achados artroscópicos

 

  • A lesão do tipo I é caracterizada por um aspeto desfiado do bordo livre do labrum superior, com a ancora bicipital íntegra.
  • No tipo II, além do aspeto desfiado do bordo livre do labrum existe destacamento da inserção bicipital da glenoide, sendo uma lesão instável.
  • No tipo III verifica-se padrão em asa de cesto com a ancora bicipital integra.
  • O tipo IV é uma asa de cesto com instabilidade da ancora bicipital.

 

 

Tratamento

 

    • O tratamento inicial consiste em mudança de actividade, medicação anti-inflamatória, fisioterapia e injeções de corticoide intra-articular
    • Esta abordagem resolve a sintomatologia na maioria dos doentes.
    • Na falência destas medidas poderá estar indicado o tratamento cirúrgico, que normalmente esta reservado para atletas de alta competição ou nos casos em que o exercício da actividade profissional fique comprometido pela sintomatologia.
    • O tratamento cirúrgico que preferimos nestas lesões é a tenodese supra peitoral da longa porção do bicípite por via artroscópica.
    • Após o tratamento cirúrgico há um período de imobilização com suspensão braquial durante 3 semanas, seguidas de um plano de reabilitação incluindo fisioterapia e fortalecimento muscular progressivo, que dura habitualmente 3 meses

Artigo de investigação dos nossos resultados clínicos no tratamento cirúrgico desta patologia